Livro: A Segunda Mãe

Dica Cultural

E se os homens não existissem na sociedade?
Sempre é bom ler uma distopia. Nesses últimos meses, tivemos a volta da história de Jogos Vorazes de Suzanne Collins com a narrativa de Amanhecer na colheita. Porém, nem só de literatura gringa vive o leitor brasileiro. Hoje, gostaria de indicar uma distopia nacional, que, para além de questões sociais, traz um drama vivido por duas mulheres em uma sociedade em que homens são usados apenas para fins reprodutivos.

A história de “A Segunda Mãe” acompanha o casal Madalena e Andrea, que vivem com sua filha Rosa em um bairro de classe alta. Enquanto Andrea ocupa um cargo importante no governo, Madalena se dedica aos cuidados domésticos, sentindo-se cada vez mais sufocada pela rotina e pelas expectativas sociais impostas às mães.

Karin Hueck , autora da história, constrói uma distopia que desafia o leitor a reconsiderar conceitos estabelecidos sobre gênero e poder. A história tem um plot twist que não irei contar, obviamente, mas que vale chegar até a última página e repensar tudo que foi lido. Fica como dica aos leitores de distopia que querem ver uma realidade brasileira e pensar em possibilidades de um futuro, menos estereotipado em gênero e maternagem.

Esta Dica Cultural foi produzida em parceria com o Projeto de Ensino Clube do livro: “não lugares” do sul global, desenvolvida no Campus São Vicente do Sul pelo professor Ânderson Martins Pereira. Siga aqui o projeto.

Texto: Eduardo Bahú Heman (bolsista do projeto Clube do Livro)

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